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● "Le Papier Raging Storm: Doomsday" - 3.ª Parte

17 setembro, 2010 9 Comentários
Chega ao fim mais uma aventura em "Le Papier Raging Storm: Doomsday"!
Creedence parece vitorioso, depois do seu plano ter corrido na perfeição. Mas os 5WAT não se vão dar por vencidos e lutarão até ao fim! Conseguirão vencer finalmente os S.H.A.D.E.?!

Se não leram as primeiras partes da história, podem fazê-lo AQUI e AQUI.

Já sabem que podem ler as aventuras anteriores de "Le Papier" em:
"Le Papier", "Le Papier Returns", "Le Papier Strikes Back" e "Le Papier Raising Hell".

Os 5WAT regressaram a Coimbra rapidamente, ainda atordoados com o que se passou no aeródromo, mas era imperativo que se recompusessem e elaborassem um novo plano para destruir Blackmore, antes que este concluísse a formação do seu novo exército.

Quando chegaram ao Grand Chaos encontraram Velvet muito nervosa às voltas pelo escritório, com uma chávena de café na mão e ar de quem já estava completamente dominada pela cafeína. Trish estava ao seu lado e também bastante preocupada. Diego adormecera no sofá.
Ao ver que o grupo chegou, Velvet tentou questioná-los apressadamente para saber como correu. Contudo afastou-se rapidamente ao notar que eles traziam um convidado.

O prisioneiro que havia sido capturado, Matteo, em quem James tinha descarregado as suas frustrações, foi trazido para interrogatório.
Park possuía famosas técnicas de tortura orientais elogiadas por todos, que há algum tempo não utilizava e estava desejoso para isso. Matteo é que não estava de todo animado com tal acontecimento e tentou tudo para não ser a próxima cobaia do jovem. AK-07 e Park levaram-no para o Avalanche para o interrogarem à vontade, embora ele continuasse a choramingar que lhes contara tudo o que sabia.

Entretanto, Papier havia pedido a Velvet que procurasse informações sobre propriedades detidas por Creedence, Noronha ou ligações que pudessem estar a ser usadas, para manter todo o material que eles necessitavam. É certo que Creedence precisaria de algum tempo para reunir todos os fugitivos, fora aqueles que forem capturados nas próximas horas, pois o General Osbourne, apesar de ainda hospitalizado, estava mais furioso que nunca e exigiu a vinda de uma força complementar da sua equipa pessoal para os capturar rapidamente, o que daria ao grupo o tempo necessário para se organizarem e procurarem uma forma de resolver este grande problema.
Trish avisou que não ia ser possível manter uma fuga desta magnitude em segredo por muito tempo, e quando esta viesse a público iria gerar o pânico entre a população, pois entre estes homens constavam assassinos, por exemplo. AK-07 considerou que apesar de todos os contratempos, Osbourne saberia lidar com essa situação, antes de chegar a tal ponto.
A Interpol e as restantes autoridades estavam já em cima do acontecimento, com uma equipa escolhida a dedo, por isso tinham de descobrir onde os SHADE se escondiam e de momento focar-se apenas nisso.

Pouco depois AK e Park regressavam, este último algo cabisbaixo, pois apesar de conseguirem extrair toda a informação que queriam de Matteo, mais uma vez, Park assustou tanto o seu interrogado, que nem foi necessário fazer-lhe nada. Ainda não foi desta que se soube em que consistia essa tão falada técnica.
Matteo, bem com como os outros fugitivos, tinham sido induzidos a dirigir-se a uma zona específica em Lisboa, onde seriam depois escoltados para a Reunião com Creedence.
Velvet mostrou-lhes então a lista que Papier lhe havia pedido. Todas as propriedades de Creedence tinham sido apreendidas pelas autoridades, tal como as possuídas por Tomás Noronha, mas Velvet conseguiu encontrar nuns registos de propriedades extremamente antigos um edifício havia muito abandonado, situado nos arredores de Lisboa, muito próximo de uma central elétrica, que facilmente poderia fornecer toda a energia necessária à operação de Blackmore e que se situava a poucos quilómetros do local de recolha.
Só podia ser ali! Agora que o rumo da missão estava definido, era hora de atacar!

Esta era a última hipótese de acabar com este terror. O grupo concordou em partir imediatamente, para apanharem Creedence de surpresa, mas quando decidem avisar Osbourne, este não concorda com a investida dos 5WAT. Osbourne iria bombardear o edifício de forma a enterrar definitivamente Creedence, os SHADE e todos os seus planos megalomaníacos.
Papier conseguia compreender a frustração de James que estava na base desta decisão extrema, no entanto pede-lhe que adie por algum tempo o ataque, para que eles possam tentar resolver o problema sem necessidade de usar tamanha força. Se eles não conseguirem vencê-los, o bombardeamento será feito de qualquer das formas. O grupo concorda. Querem impedir os planos de Creedence, mas também querem derrotar os rivais que os humilharam no aeródromo.
Osbourne relutantemente decide conceder-lhes até a nascer do dia, mas depois disso toda aquela área seria destruída e a sua equipa especial iria varrer a zona para procurar quem ousasse sobreviver.
O combate seria definitivamente de vida ou morte. Era hora de partir.


Durante a viagem, uma enorme tempestade abateu-se sobre eles. Com a noite como pano de fundo e uma tal violência meteorológica, ninguém diria que era Verão, mas Papier considerava estas tempestades aliadas; afinal, de todas as vezes em que estava em missão e uma delas ocorria, esta era concluída com sucesso. Restava saber se esta seria a excepção que confirma a regra...

O grupo chegou ao complexo de armazéns, onde se encontrava o edifício que procuravam com a única missão de abater todos aqueles que se opusessem a eles. Desta vez não cometeriam erros. Foram recebidos logo à entrada por agentes de patrulha.
AK e Park reconheceram imediatamente alguns dos guardas, pois estes eram seus colegas na Polícia Internacional e furiosamente investiram sobre eles. O grupo espalhou-se e abateram um a um todos os oponentes. A chuva de balas prosseguiu em todas as direcções mas os 5WAT saíram por fim vitoriosos.
Era apenas o início. O número de inimigos a ultrapassar mantinha-se desconhecido e por esta altura Creedence já estaria informado da sua chegada, mas não podiam deixar ninguém escapar ileso. O grupo separa-se para investigar o edifício principal.

Papier, AK e Park subiram os lances de escadas por um lado, Magnum e Val Hachi pelo outro, passando a pente fino todos os andares, e abatendo todos os soldados que encontraram.
Quando atingiram o terceiro andar as coisas mudaram. Os restantes andares estavam trancados e só seriam abertos com o código de activação. Val Hachi não se interessou com esses pormenores e já se preparava para rebentar com a dita sala, quando um cientista saiu pela porta. Magnum apressou-se a impedir que Val Hachi o abatesse e tapou-lhe a boca, abrindo espaço para que AK avançasse, apresentando-se como membro da Direcção de Segurança, anunciando estar a fazer um teste para impedir que intrusos penetrem no edifício.
O cientista mostrou-se satisfeito com o procedimento, mas notou que com os novos sistemas só o pessoal qualificado como ele próprio lhes podem aceder e, como os intrusos disparam primeiro e fazem as perguntas depois destruindo tudo à sua passagem, nunca conseguiriam atravessar a segurança. Nisto, começou a olhar em volta e não conseguiu evitar o terror ao ver que os dois seguranças que guardavam a porta estavam a um canto, adormecidos.
Val Hachi, por fim, pegou no pequeno cientista e levou-o debaixo do braço para que este lhes desse acesso aos andares superiores.

No quinto andar estavam os NeroSlayers.
Phoenix Harris, Charlotte Tyler, Drake Cobain e Griffin Grohl aguardavam os rivais para um último confronto. Val Hachi deixa o assustado cientista ir à sua vida e todos se prepararam para o combate. Papier desejou boa sorte aos amigos e prosseguiu o seu caminho. Os NeroSlayers não o impediram de passar, pois também ele tinha o Némesis à espera.
Uma luta violenta tem então início. AK e Cobain, Park e Grohl, Val Hachi e Harris, Magnum e Charlotte trocavam ataques entre si e procuravam vencer os oponentes sem piedade.
Papier continuou a sua ascensão ao sexto andar, continuando a eliminar os guardas que se opunham, mas a maior concentração de forças era na sala 66, onde, tudo indicava, estariam os seus oponentes. O jovem forçou entrada na sala e encontrou Jimi Slash, Creedence e Noronha. Em silêncio, Jimi deu um passo em frente e desembainhou as espadas. A hora do último confronto chegou.
Papier esperava que desta vez não houvesse interrupções pois o desfecho tinha sido adiado demasiadas vezes. Slash concorda e troca olhares com Creedence que apenas sorri, não se intrometendo na luta entre os dois.
O combate iniciou com ataques rápidos e sempre num ritmo crescente, mas sem pender para qualquer dos lados. Os dois anulavam-se completamente e só um erro de parte a parte poderia ditar o vencedor. Erro esse que nenhum dos dois estava disposto a cometer.
Os dois lutavam com toda a sua força, mas esta já não era uma questão de vingança por parte de Slash, eram dois rivais à procura de saber quem era o melhor e os dois pareciam estar a divertir-se com isso, tal como acontecera quando eram apenas miúdos e ainda unidos por uma forte amizade que os ajudava a ultrapassar todos os problemas.
Mas a verdade é que Papier ainda tinha uma missão e o tempo estava a acabar. Ele tinha que vencer Slash e capturar Creedence para sair dali antes que o bombardeamento começasse. Se tal não acontecesse poderia ficar preso no edifício e sofrer o mesmo destino que os seus oponentes.

Entretanto, os amigos pareciam estar finalmente a ganhar vantagem sobre os NeroSlayers que, incapazes de se superiorizar aos seus adversários, começavam a ter sérias dificuldades contra o complexo trabalho em equipa dos Horsemen.
No aeródromo os NeroSlayers tiveram a vantagem de os apanhar desprevenidos, mas agora era diferente. Os quatro estavam determinados a acabar com esta batalha e derrotá-los de uma vez por todas.
Os anos em que partilharam missões transformaram-nos numa equipa que não precisava de comunicar o que quer que fosse durante os combates, tal era a forma como se conheciam. Usaram todo o tipo de combinações entre eles, que os NeroSlayers simplesmente não conseguiam acompanhar.
Prestes a serem derrotados e feridos no orgulho, tentam recuar para recuperar, mas nesse momento que tem início o bombardeamento que Osbourne ordenara e o edifício começara a entrar em colapso. Phoenix ordenava aos NeroSlayers para se retirarem e salvaguardar Creedence, mas a queda de escombros e as chamas que começavam a surgir impediam-nos de prosseguir. O cerco apertava-se.
AK, Park, Val Hachi e Magnum não têm escolha a não ser sair dali o mais rapidamente possível, e esperar que Papier conseguisse fazer o mesmo.

Os aviões militares voltaram a disparar sobre o edifício, que deflagrava em chamas. Noronha, assustado com os disparos tenta escapar da sala mas, ao tentar chegar às escadas, parte do tecto desaba sobre ele. Ao mesmo tempo, um outro pedaço de tecto preparava-se para cair sobre Slash e Papier, pelo que este só tem tempo de empurrar o rival e desviá-lo do betão que caía. Escapavam por pouco ao esmagamento, mas as chamas ardiam furiosamente, diminuindo as sua hipóteses de sobreviverem ao colapso, a cada segundo que passava.
Slash tentou erguer Creedence, que ficou ferido com a queda do tecto, mas a sua saída parecia bloqueada pelos escombros e pelas chamas que enfraqueciam a integridade do edifício.
Papier estava separado deles pelos escombros que se abateram e nada mais podia fazer para tentar ajudar o rival, por isso tinha que tentar salvar-se a si próprio e descer o máximo de andares que podia e tentar sobreviver. Slash lançou-lhe um último olhar, para em seguida desaparecer nas chamas.
Ainda não foi desta vez que concluíram o combate.

Os aviões preparavam-se para nova ronda de disparos, pelo que o tempo de Papier já estava terminado. Sem grandes hipóteses de fuga atirou-se à janela mais próxima e conseguiu alcançar os fios elétricos que passavam por ali, usando-os para fazer “rappel” e afastar-se do edifício. Segundos depois este era completamente demolido pelos ataques.
A tempestade continuava muito forte e parecia não querer dar tréguas. Papier foi ter com os amigos para ver se estavam bem e ficou a saber que os NeroSlayers também ficaram encurralados pelas chamas e é pouco provável que tenham sobrevivido. Papier conta-lhes que Creedence e Slash sofreram aparentemente do mesmo destino. Esperavam que os SHADE se tivessem esfumado por fim.
Era um sentimento agridoce para Papier, que reencontrara um grande amigo, parecia estar a recuperá-la e acabou por perdê-lo de novo.
Não demorou muito até chegar a equipa da Interpol que procurava sobreviventes à explosão e fugitivos que se dirigiam para a Reunião.
Curiosamente os corpos dos principais membros dos SHADE não foram encontrados.

Com a sua missão concluída, os 5WAT decidiram deixar os agentes concluir a deles e voltaram a casa para festejar a fantástica vitória que tiveram sobre um dos mais temíveis grupos terroristas que o mundo já viu!
Foi a primeira vez em muito tempo que puderam realmente descansar e aproveitar totalmente em conjunto, mas o futuro traria novos desafios e tinham que estar preparados para eles!

A lenda de “Le Papier” vai continuar!

● "Le Papier Raging Storm: Doomsday" - 2.ª Parte

03 setembro, 2010 8 Comentários

A aguardada segunda parte de "Le Papier Raging Storm: Doomsday" chega por fim!
Le Papier partiu para enfrentar os seus inimigos, mas conseguirá travá-los e por fim aos planos de Creedence?!

Se não leram a primeira parte da história, podem fazê-lo AQUI.

Já sabem que podem ler as aventuras anteriores de "Le Papier" em:
"Le Papier", "Le Papier Returns", "Le Papier Strikes Back" e "Le Papier Raising Hell".

Le Papier chega ao seu destino e respira fundo antes de entrar no edifício da empresa dirigida por Tomás Noronha, em pleno centro da cidade do Porto.

Não se via ninguém.
Dirigiu-se ao andar onde se encontravam os escritórios da Administração. Ao chegar lá, os NeroSlayers encontravam-se no corredor, como que à sua espera, mas não levantaram problemas e Phoenix Harris convidou Papier a passar. O jovem entrou no escritório e lá estavam Creedence Blackmore e um Tomás Noronha algo assustado. Perto da janela e de costas para a porta estava também o Homem de Negro.

Creedence mostrou grande satisfação ao ver novamente Papier, afinal o seu último encontro tinha sido altamente produtivo para os dois: Papier capturara o Líder dos SHADE, gesto que colocou Creedence no topo da Aliança, pelo que este lhe mostrou mais uma vez o seu agradecimento pelo esplêndido trabalho. Blackmore questionou então Papier sobre o porquê da sua demora, pois havia fornecido a Velvet, ainda que esta não o soubesse, todas as informações necessárias à sua descoberta, mostrando mais uma vez o seu lado manipulador. Também sabia que devido à presença do seu Homem de Negro, Papier dirigir-se-ia sozinho até ele.
Papier não apreciou a ironia e garantiu que os SHADE não passariam de uma memória desagradável quando ele terminar o trabalho. Creedence sorriu e deixou claro que não deixaria o país num estado pior que aquele em que se encontrava, despedindo-se em seguida de Papier mostrando simpatia e aconselhando-o, pela última vez, a afastar-se enquanto pode fazê-lo, pois seria uma pena ver alguém com os seus talentos apanhado no fogo cruzado. Agora tinha um avião para apanhar e negócios para tratar, porém ia deixá-lo na companhia do seu protegido, Slash, e saiu acompanhado dos NeroSlayers.
Este nome confirmou as suspeitas de Papier e assim que o Homem de Negro emergiu da sombra, Papier reconheceu um rosto que não via há anos.

Jimi Slash fora um dos melhores amigos de Papier quando eram mais novos, partilhando também uma saudável rivalidade com ele.
Os dois viajaram e treinaram na Suíça com o Mestre de ambos, David Storm, até um acontecimento trágico os levar a seguir caminhos diferentes. De regresso a Portugal, Papier foi estudar para Coimbra e hoje continua a envergar o símbolo do seu Mestre, enquanto Jimi Slash voltou a Castelo Branco.
Eventualmente, conheceu aquele que ficaria conhecido como Titan, o Estranho, que o guiou no desenvolvimento de novas técnicas que o tornaram num guerreiro extremamente perigoso.
Titan já trabalhava como Mercenário para os SHADE nessa época e recrutou Slash para se juntar a eles. Quando foi contratado para proteger Orlov Kalashnikov e acabou eventualmente morto por Papier, Slash esperou pelo momento certo para desafiar o velho rival.
Agora essa oportunidade finalmente chegara, voltaria a defrontar Papier, e vingaria o companheiro caído.

Papier tentou argumentar com Slash, na esperança de lhe mostrar que Titan não era o homem respeitável que Slash tinha em conta, ele lutara sem honra, recorrendo a técnicas cobardes, tentando inclusivamente alvejá-lo quando Papier o deixara em paz, pelo que a sua morte foi um último recurso.
Slash sorria e respondeu que conhecia perfeitamente Titan e nunca aprovaria os seus métodos, mas independentemente das matérias em que colidiam, era uma questão de honra pessoal vingar a sua morte.
Slash desembainhou a sua inconfundível e mítica katana de lâmina verde "Battousai" e Papier fez o mesmo com a sua "Ultima". Depois de tantas lutas enquanto discípulos, os jovens voltaram a cruzar as espadas oferecidas pelo Mestre, desta vez não como velhos amigos e rivais, mas como oponentes num combate de vida ou morte.
O combate começou equilibrado em todos os sentidos, pois apesar de os dois se terem tornado o completo oposto um do outro, os tempos em que treinaram juntos e a amizade que os unia permitia-lhes conhecerem-se como ninguém; além disso a fundação das suas técnicas é a mesma. Mesmo com armas tão diferentes, a sua forma de combater não tem pontos fracos evidentes, o que fez com que os ataques se sucedessem de parte a parte e durante largos minutos sem que o equilíbrio se perdesse.
Slash sempre teve um enorme sentido de honra, nunca aprovando a utilização de armas de fogo numa luta, ponto em que divergia de Papier que as utilizava se a ocasião o exigisse.
A sua agilidade era tal que conseguia prever e evitar a maior parte dos disparos sobre ele sem problemas de maior. Para combater usava a sua Battousai, mas também, por sugestão de Titan e como forma de ataque a longo alcance, algumas lâminas mais curtas Wakizashis.

Papier voltava a tentar que Slash o ouvisse e pare o combate, contando-lhe que os SHADE atacaram o prédio e não hesitaram em matar Orlov, um deles. Papier eliminou Titan num primeiro, mas ele dificilmente teria sobrevivido à investida dos SHADE que não queriam deixar sobreviventes naquela fatídica noite. Slash respondeu apenas que Orlov, este já tinha falhado na sua missão demasiadas vezes e simplesmente sabia demais para ser mantido vivo. Esse era o preço a pagar e Kalashnikov sabia-o perfeitamente; quanto a Titan, caiu em combate e não havia mais nada a dizer.
As palavras já não serviam para os aproximar. Completamente fiel aos SHADE, o Homem de Negro teria que ser derrotado. Slash sorriu e afirmou que o aquecimento acabou, avançando em direcção a Papier. Porém, quando os dois se preparavam para recomeçar a luta, o telemóvel de Slash tocava e este via-se obrigado a parar.
Desculpando-se por ter de partir de forma tão imprevista, garantiu que a luta estava longe do fim e voltaria para terminá-la. Sorriu em desafio e, com um golpe da espada, destruiu o vidro da janela, que se abateu na direcção de Papier levado pelo vento e em seguida saltou do edifício.
Quando Papier se deslocou à janela, só teve tempo de ver a Harley Davidson Night Rod de Slash a afastar-se.


Papier voltava a Coimbra sem grandes novidades e ainda menos pistas, exceptuando a confirmação de todas as suas suspeitas; Blackmore tinha planos tenebrosos, mas o seu famigerado exército ainda consistia uma incógnita.
Por fim chegava ao Avalanche 21, onde os amigos o esperavam.

Papier decidiu contar-lhes toda a história sobre Slash e mostrar-lhes que era lidar com ele era algo bastante pessoal, mas a investigação deveria continuar normalmente, concluindo que o General Osbourne devia ser avisado de que as pistas seguidas foram parte da manipulação de Blackmore.
AK-07 fez notar que essa seria uma missão complicada, pois acabara de receber um relatório que indicava que Osbourne e a Interpol estavam a tratar secretamente de uma delicada operação de transferência de prisioneiros, transportados num avião militar que iria fazer escala em Portugal e aterraria brevemente, para em seguida se dirigir à nova Prisão de Máxima Segurança do Pacífico. AK ainda não tinha terminado de ler o e-mail e Papier finalmente percebia onde Creedence iria formar o seu exército.
Blackmore havia dito que tinha um avião para apanhar, se essa expressão fosse literal, esse excesso de confiança poderia ser o seu primeiro erro e, neste momento, só os SHADE teriam coragem para enfrentar a equipa de Osbourne.

O grupo decide então tentar avisar James da ameaça mas sem efeito. Terão de partir para impedir tal plano de se concretizar. O ideal seria travar Blackmore e os NeroSlayers antes de se aproximarem sequer do avião, pois a partir daí tudo se tornaria bastante imprevisível.
Creedence estará certamente a usar todos os contactos e recursos que os SHADE dispõem, por isso terão que ser rápidos. Era também necessário manter presente que a possibilidade de haver elementos do SHADE ainda de desconhecidos era bastante real e estes podiam estar infiltrados entre a Interpol.
Lady estava também disposta a ajudar.
A NOVA Corp. era uma empresa extremamente avançada e possuía diverso equipamento e protótipos que não estavam disponíveis para fornecimento em massa, e como este era um problema que envolvia directamente a companhia, Lady fazia questão de fornecer algum desse equipamento que certamente seria útil na missão. Toda a ajuda era bem-vinda.
Não podiam perder tempo. Era hora de partir para o aeródromo.


Os 5WAT partiram conscientes da importância desta missão.
Este poderia ser o dia em que finalmente colocariam um ponto final no caminho que os trouxe até aqui, mas para isso não podiam falhar novamente. AK e Park conseguiram finalmente falar com Osbourne e este ficou ao corrente do que se passava.
O avião chegou pouco depois.
O grupo não demorou muito mais a chegar ao destino, pois o caminho foi feito sem encontrar obstáculos. Tudo parecia estar normal.
O avião estava a ser reabastecido e partiria após pouco tempo, por mais que Osbourne tentasse apressar todo o processo havia trâmites que não podiam ser evitados.

Foi neste momento que o responsável pelo avião que se encontrava junto a Osbourne e o próprio foram alvejados por um agente da Interpol, pelo que estava traçado o pior cenário. Os SHADE estavam mesmo infiltrados na Polícia Internacional e iniciaram uma verdadeira batalha entre os agentes que ali se encontravam e que não sabiam em que confiar. Os 5WAT pouco podiam fazer a não ser escolher entre procurar abrigo ou tentar reagir a quem os atacava. Tomar iniciativa tornara-se impossível pois era impossível distinguir quem era amigo ou inimigo. Surgiram então os NeroSlayers, seguidos de perto por Slash e Creedence.
AK-07 e Park tentaram parar o Homem de Negro, mas este desapareceu por entre os agentes. Os dois tinham agora que lidar com os velhos conhecidos Drake Cobain e Griffin Grohl, enquanto Val Hachi e Magnum voltaram a enfrentar Phoenix Harris, o líder dos NeroSlayers e Charlotte Tyler, a sua protegida.
Papier também desaparecera de vista para perseguir Slash, poderiam por fim retomar o combate.

Enquanto os seus NeroSlayers estavam ocupados e com os agentes da Interpol a matarem-se uns aos outros, Creedence avançou calmamente e sem oposição, até Osbourne se reerguer, ainda em dificuldades, para tentar impedi-lo de chegar ao avião. Creedence enalteceu a sua resistência, mas afirmou que tudo se iria desenrolar como ele previra, faltava apenas deixar os pobres rapazes, fartos da clausura, apanharem um bocadinho de ar. James não desistia de o tentar impedir, por isso Creedence decidiu disparar na sua perna, deixando-o incapacitado de andar e entrou no avião mais à vontade.
O Líder da Aliança explicou aos reclusos que todos eles estavam livres, mas que a partir daquele momento podiam também considerar-se cadetes SHADE. Para passarem ao nível de Agentes terão que passar por uma série de testes até se tornarem nos soldados perfeitos. Menos que isso e serão descartados.
Um dos prisioneiros insurge-se então contra Creedence e tenta motivar outros a fazer o mesmo. Blackmore sorriu, aproximou-se, e tocou-lhe ao de leve no pescoço, fazendo notar ao prisioneiro que é normal ter dúvidas, mas um verdadeiro SHADE deve confiar totalmente no seu Líder. Enquanto Creedence voltava à posição inicial, o indivíduo caiu inanimado no chão, sem responder ao chamamento dos colegas. Os restantes aceitaram imediatamente as condições.
Blackmore estava satisfeito e passou-lhes o primeiro teste. Era bastante simples, tinham apenas que sobreviver ao que restava da Interpol e chegar à Reunião com os SHADE. Todos recebem as suas instruções e saíram rapidamente do avião, espalhando o caos no aeródromo. Alguns foram atingidos pelo fogo cerrado dos confrontos entre os agentes, que persistia.
Os 5WAT continuavam bastante ocupados com os seus Némesis que não davam tréguas, pelo que o plano da Aliança só podia ser um sucesso. Creedence ligou por fim a Tomás Noronha, que estava à espera numa limusina blindada e que chegou ao campo de batalha. O Líder dos SHADE chamou então os seus NeroSlayers e entrou no carro, estes responderam imediatamente, com o Líder a cobrir os seus passos, esquivando-se aos 5WAT e conseguindo escapar.

O silêncio pairava agora no aeródromo. Entre os corpos espalhados pelo chão, Osbourne tentava levantar-se. O General era um dos poucos ainda com vida, mas apesar dos ferimentos, estava furioso e descarregava a sua fúria num prisioneiro que ainda conseguiram travar. Pouco depois, foi levado para o hospital. Creedence mais uma vez levou a sua avante sem que ninguém o conseguisse parar.

Agora que os mais perigosos prisioneiros do mundo foram libertados, as regras do jogo voltaram a mudar.
Os SHADE venceram mais uma batalha, mas terão os 5WAT uma última e decisiva palavra a dizer?!

Não percam a terceira parte...

● "Le Papier Raging Storm: Doomsday" - 1.ª Parte

20 agosto, 2010 8 Comentários
Le Papier regressa para mais uma batalha! Os SHADE revelaram-se ao mundo e poucos possuem meios para os parar. Os 5WAT são a única força que ainda tem algo a dizer para impedir este grupo tenebroso de levar os seus planos avante! O combate vai recomeçar!

Já sabem que podem ler as aventuras anteriores de "Le Papier" em:
"Le Papier", "Le Papier Returns", "Le Papier Strikes Back" e "Le Papier Raising Hell".

“Le Papier”.
Decidido a terminar o reinado de terror dos S.H.A.D.E., formou os 5 Wild Attack Troopers com os seus amigos Angus 'AK-07' King, Jon Park, Ian Val Hachi e Lucy Magnum, e juntos conseguiram travar os planos deste terrível inimigo e capturar o seu Líder, mas o seu Número Dois, Creedence Blackmore, conseguiu escapar à Interpol e tomou o comando, tornando-se no novo Inimigo Público...

Passou um ano desde esse dia decisivo. Com o Líder capturado e após intensos interrogatórios, foi possível retirar-lhe informações preciosas, que permitiram à Interpol proceder à captura da maior parte dos elementos dos SHADE que ele controlava e eliminar estas Células, sendo que Creedence e o seu Departamento de Investigação Central, conhecido como os “NeroSlayers” e composto por Phoenix Harris, Drake Cobain, Griffin Grohl e Charlotte Tyler, continuavam indetectáveis. Não se sabia exactamente a extensão da influência de Blackmore, e corriam rumores de um elemento ainda desconhecido neste grupo...


Preparava-se mais um quente dia de Verão na cidade de Coimbra.
O calor já se fazia sentir com grande intensidade quando uma mulher muito elegante atravessou a rua e se dirigiu a um velho edifício que se encontrava fechado. Bateu várias vezes à porta mas ninguém respondeu. Decidiu então dirigir-se a um pequeno bar do lado oposto da rua, o Avalanche 21, para pedir informações.

A desconhecida foi rapidamente atendida por Diego Brando e procurava por Le Papier. Diego apontou o velho edifício, mas não sabia adiantar mais nada, ofereceu-se no entanto para falar com ele assim que o visse.
Apresentando-se por fim, Cristina Rose, mais conhecida por Lady, era a Presidente da N.O.V.A. Corp., a companhia que tinha sido em tempos liderada por Orlov Kalashnikov, usando-a para conduzir os seus negócios obscuros na Organização. Depois desta rede de tráfico ser desmantelada, Lady tornou-se Presidente e teve de travar uma complicada batalha para recuperar o bom nome da empresa e foi bastante complicado convencer os mercados da sua seriedade, mas a aposta teve sucesso e a companhia recuperou completamente.
Lady mostrava saber que Papier estava empenhado em destruir os SHADE, mas também que as investigações estavam estagnadas, e ela tinha informações importantes que podiam mudar isso. Ao ouvir a empresária, Diego muda rapidamente de atitude, fecha o bar e activa um interruptor atrás do balcão. Pouco depois Papier, AK-07 e Park surgem vindos aparentemente do nada, para saber o que se passa.

Após a fuga de Creedence Blackmore foi necessário que a Interpol se fixasse em Portugal, e Coimbra era a localização ideal. Papier sugeriu que montassem a base secreta no andar inferior do Avalanche, protegido por uma entrada secreta, onde não seriam incomodados durante o dia e teriam música de qualidade ao vivo durante a noite, tornando-se no local perfeito para trabalhar.
Foram feitas as remodelações necessárias e AK, Park e Papier passaram então a trabalhar juntos para encontrar Creedence e os NeroSlayers, mas as pistas eram escassas e pouco se havia avançado durante os últimos meses; a visita da empresária era mais que oportuna.

Segundo Lady, a NOVA sofreu um ataque na noite passada e os SHADE estavam por trás do assalto. Ela trazia consigo os vídeos das câmaras de segurança, onde era possível visualizar uma única figura negra a entrar calmamente no edifício e eliminar toda a forte segurança do edifício sem sequer utilizar armas de fogo, servindo-se apenas de espadas para o efeito. Depois da matança, dirigiu-se ao cofre da companhia e abriu-o sem quaisquer dificuldades, apesar das fortes medidas de segurança, levando apenas uma pasta e saindo tão calmamente como entrou.
AK e Park ficaram muito impressionados com o desempenho do adversário, mas notaram que se usava apenas espadas, não seria difícil encherem-no de balas. Papier havia ficado bastante mais abalado com as imagens, mas não quis que os restantes o notassem.
Lady prosseguiu mostrando que o conteúdo da pasta eram relatórios de experiencias laboratoriais feitos nos tempos de Kalashnikov, em que este procurou construir um soldado geneticamente superior, capaz de suportar enormes quantidades de danos e mais forte que qualquer humano comum, mas por qualquer razão, acabou por abandonar o projecto sem que este estivesse concluído.

Os jovens teorizaram que, uma vez que Creedence se viu desprovido de soldados, talvez quisesse recuperar o projecto dos super-soldados. Lady notou que para que isso fosse possível era necessário que Creedence tivesse acesso a laboratórios altamente avançados, e em Portugal estes não são encontrados com abundância.
AK e Park decidiram usar estas pistas para recomeçar a investigação nesse sentido, e em breve teriam uma lista daqueles que possuíssem tais características.


Havia quatro laboratórios espalhados pelo país e todos deviam ser investigados.
Um deles estava localizado no Porto, onde Val Hachi e Magnum viviam, pelo que estes foram contactados para ajudarem na investigação, enquanto os outros três ficaram por conta de Papier em Coimbra, Park na Covilhã, e AK-07 em Lisboa.

Papier fez-se passar por cientista para entrar no laboratório e tudo parecia correr bem, até dar de caras com Trish Simons, que estava a fazer uma reportagem para o seu jornal, sobre o facto de muitos estudantes que frequentavam o laboratório estarem a usá-lo para desenvolver um novo “produto” que proporcionava alucinações altamente excitantes...
Ao notar a presença de Papier e vê-lo disfarçado daquela forma, percebeu imediatamente que estava a perder algo importante e quis ajudar, obviamente com a contrapartida de detalhes para publicar no Update. Isto era exactamente aquilo que o jovem mais temia. Trish tinha o talento nato de atrair problemas e parecia que de cada vez que ela tentava ajudá-lo algo corria mal.
Papier forçou a entrada no Centro de Segurança do edifício e pediu a Trish para estar atento às câmaras e avisá-lo caso surgissem problemas, mas também a fez prometer que nunca, sob quaisquer circunstâncias, saísse da sala.
Dirigiu-se por fim à Administração para verificar se o equipamento científico utilizado naquelas instalações tinha alguma ligação com aquele que seria necessário ao projecto, mas a sua busca foi infrutífera. Nada de anormal se passava no laboratório, nem nada tinha desaparecido, a sua utilização resumia-se a experiências feitas por alunos e docentes da Universidade e pouco mais que isso.

Papier regressava ao encontro de Trish quando esta o avisa que vários seguranças se dirigiam na sua direcção. Papier balbuciou um inglês misturado com um acentuado sotaque russo para os tentar convencer que se havia perdido, mas os seguranças não caíram na sua conversa e tentaram levá-lo preso. Papier não teve escolha a não ser desembaraçar-se deles. Tentou não ser demasiado ríspido com quem apenas estava a fazer o seu trabalho, o que dificultou bastante a missão, mas eventualmente conseguiu escapar-se.
Rapidamente foi buscar Trish e aproveitou para apagar os vídeos de segurança, para que ninguém os reconhecesse. Preparavam-se para deixar o edifício quando mais um membro da segurança os avistou e tentou apanhá-los, mas os dois conseguiram antecipar-se a ele e escapulir-se do laboratório.

Quando os dois chegaram ao Grand Chaos, restou esperar por melhores notícias dos restantes 5WAT, mas estás não eram animadoras. Aparentemente nada de anormal se passava nos outros laboratórios que faziam parte da lista. Talvez estivessem simplesmente errados.
Papier estava já a pensar no que fazer a seguir quando Velvet Valentine entrou abruptamente no escritório.

Velvet tinha passado o dia a procurar no Ministério Público por material laboratorial que tivesse sido comprado em grandes quantidades nos últimos dias e descobriu que um empresário do Norte, Tomás Noronha, que por acaso fora um antigo secretário de Orlov Kalashnikov, com ligações a clubes desportivos e algumas suspeitas de corrupção nunca comprovadas sobre ele, havia feito uma compra astronómica de material na última semana, sendo que os seus negócios nada têm a ver com equipamento do género.
Papier concordou que esse era certamente um desenvolvimento importante, agradeceu à amiga pela ajuda e dirigiu-se imediatamente para averiguar. Trish ofereceu-se para o ajudar, pedido que fez tremer o jovem. Papier agradeceu o pedido, mas achou melhor dar-lhe apenas a entrevista no final a contar toda a história para que ela pudesse publicá-la, tal como acontecera das últimas vezes. Foi o suficiente para convencê-la.

Papier dirigiu-se para o Mustang e conduziu rapidamente em direcção ao Norte.
Estava absolutamente concentrado na sua missão e com uma preocupação que não era normal.
Esta preocupação terá algo a ver com o estranho Homem de Negro que forçou entrada na NOVA Corp.?!
E porque terá a sua presença abalado tanto Papier?!

Estas e mais perguntas serão respondidas na segunda parte…

 
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