Hoje fica completa esta grande aventura que já cativou o mundo (pronto, vá ainda não, mas está quase ok?!), por isso aqui fica a segunda parte da história de "Le Papier"...
Para os interessados em perceber minimamente a coisa dirijam-se até à primeira parte da história que se encontra
AQUI!
Lá diz o ditado: “Em Abril águas mil!” e, como que pressagiando o que a noite reservaria ao duo, começa a chover abundantemente sobre a capital. O rio Tejo, apesar disso, manteve-se calmo como que se ignorasse a tempestade que se abatia sobre ele, tal como as mentes serenas de Le Papier e AK-07, que se preparavam para a operação que se iria iniciar dentro de instantes sem nada que os distraísse.
Sem plano definido a não ser o óbvio efeito-surpresa, os momentos que se seguiram à chegada de Papier e AK-07 ao imponente Edifício NOVA, a Sede da Organização, só podiam ser descritos de uma forma: carnificina total!
Papier e AK-07 penetram de forma violenta no edifício, eliminando todos aqueles que se lhes opõem! Separaram-se de seguida para procurarem aquilo que ficara conhecido como os "Calabouços da Morte" que, segundo constava em lendas urbanas, estavam escondidos na cave do edifício por trás de uma passagem secreta acessível apenas depois de activado um interruptor no primeiro andar. AK-07 trataria de activar o interruptor enquanto Papier despachava mais alguns guardas que apareciam de múltiplas direcções.
Os dois reencontraram-se novamente e começaram à procura da cave secreta.
Longos minutos se passaram, mas por fim encontraram Trish e resgataram-na para grande alívio de Papier. Alheio aos sentimentos do casal, AK-07 apenas queria saber se a jovem ainda tinha em seu poder o “colar” que representava o objectivo pelo qual se arriscaram tanto, a Pen Drive que podia conceder à PJ provas suficientes para desmantelar a Organização. Ao vê-lo brilhar ao pescoço da jovem, arrancou-o de forma brusca, acto que lhe custou um estalo instantâneo de Trish e um pedido de explicações.
Concordando em explicar tudo à jovem quando saíssem dali, Papier alerta AK-07, ainda aturdido pelo estalo, do som de passos vindos dos andares superiores.
O efeito-surpresa tinha passado. Era tempo de escapar dali o mais rapidamente possível!
Os três subiram as escadas rumo ao rés-do-chão de forma quase sobre-humana mas ao chegar ao Hall de entrada do edifício verificam estar cercados, pelo que teriam de ser tomadas medidas mais extremas. Papier deitou Trish no chão atrás de um pilar e preparou as armas para, em conjunto com AK-07, começar nova onda de destruição bélica!
Abrindo caminho por entre os inimigos, conseguiram chegar à porta de um modo quase milagroso e Papier, instintivamente, atirou Trish porta fora, enquanto lhe gritou que fugisse e pedisse ajuda. AK-07 debatia-se com vários inimigos, mas acabou alvejado no abdómen. Vendo o companheiro gritar de dor, Papier já não escondia a fúria e disparava agressivamente em todas as direcções, enquanto as munições não acabavam. Depois destes segundos loucos, conseguiu uma brecha que lhe permitiu pegar no amigo e os dois saltaram porta fora em direcção ao rio. Trish, que Papier pensou ter escapado, emergiu da sombra e foi preponderante a transportar AK na rápida fuga dos jovens.
Depois de uma corrida louca, os três chegaram ao Parque das Nações e à estação de comboios da Gare do Oriente onde AK-07 pediu a Papier e Trish que partissem para Coimbra sem ele. Papier recusou deixar Lisboa sem o debilitado amigo, pelo que pediu para que reconsiderasse, mas sem efeito.
AK-07 justificou a sua decisão pelo facto de não querer arranjar problemas ao jovem casal. Afinal de contas, a operação que levaram a cabo nem devia ter existido, por isso cabia-lhe assumir todas as responsabilidades e, como tal, todas as consequências (bem como as prováveis recompensas...) desta louca aventura por que tinham passado. Além disso, conhecia uma pessoa em Lisboa que iria ajudá-lo, o seu antigo e algo louco parceiro: Jon Park.
Não conseguindo dormir sem desmantelar a Organização definitivamente, AK-07 fica assim na capital, despedindo-se de Papier com um abraço e preparando-se psicologicamente para a longa noite que tinha pela frente, certamente plena de dor.
Motivado pela missão, Papier decidiu tomar uma atitude para proteger a sua cidade de situações semelhantes. Não iria permitir que voltassem a magoar os amigos!
A vida em Coimbra retomou a normalidade, com ecos vindos de Lisboa a aparecerem em todos os noticiários, dando conta de uma extraordinária operação de desmantelamento de uma Organização internacional de tráfico por um grupo armado da PJ, a Brotero a reabrir portas e consequentemente as férias temporárias dos alunos a chegarem ao fim...
Esta parece ser apenas uma nota de rodapé na Historia, no entanto foi a origem de uma lenda, o vulto negro que se move nas sombras continuava vigilante, a punir toda a escumalha que assombrava as ruas da sua cidade... com Le Papier na vizinhança, passarão a temer o escuro!
Gostei mesmo da parte em que eles tinham de subir pra depois descer e o nome calabouços da morte nao podia ser mais original, que comédia meu!