Depois de longos meses de ausência, nada como terminar um ano e começar outro no local onde tudo começou. Hoje estou a escrever-vos do meu quarto, na minha casa, no computador do meu irmão, mas com uma pequena grande diferença, abandonei Coimbra por uns dias para voltar à terrinha: a mítica Porto de Vacas.
Devo dizer que desde o Verão que não punha cá os pés, o que é quase uma blasfémia, tendo em conta que há algum tempo atrás poucos eram os meses (ou mesmo fins-de-semana) em que não dava cá um salto, mas sabe bem voltar desta forma, com a família toda e com saudades para matar.
É interessante como as pequenas coisas que primeiro se detestavam, agora ganharam toda uma nova importância. Já não me importo se está um frio que não se suporta, se a televisão do quarto não funciona, se a internet é... vamos chamar-lhe menos rápida (pelo menos agora temos internet wireless, o que é fantástico, Porto de Vacas rumo ao futuro!), se...
Enfim, tudo isso perde a importância quando se está finalmente com pessoas que não se viam há uma data de tempo (e com os amigos que sobreviveram ao teste do tempo), e se é verdade que o clima não está perfeito para uma boa futebolada das antigas, no lendário (e rachado) campo de cimento que tantos jogos viu, tantos joelhos queimou e tantas vezes nos viu correr para o meio de mato e silvas buscar a bola que fugia fruto da potência (ou falta de pontaria) dos nossos remates, também é verdade que nos nossos tempos áureos estas condições complicadas, meteorologicamente falando, pouco interessavam! Talvez faça um telefonema rápido depois de largar o teclado...
Enfim, foi bom estar de volta mesmo que tenha sido só por uns dias (pois hoje já regresso a Coimbra... o dever chama!) e embora as coisas vão ficando diferentes, aos poucos e sem se notar, dos velhos tempos, foi um recarregar de baterias que, na minha modesta opinião, não se consegue fazer noutro sítio.
Agora só espero não ficar novamente ausente durante tanto tempo, porque dias assim fazem muita falta!
Coisas antigas... nostalgia.... acho que também sou uma pessoa nostálgica por natureza....
Por isso, concordo contigo: é sempre bom estar de volta!