Em Bakuman somos apresentados a Mashiro Moritaka, sobrinho de um falecido mangaka que só conseguiu ter uma obra de sucesso antes de morrer. Herdando o talento do tio para o desenho, ele passava os dias a desenhar Azuki Miho, a colega de classe por quem é apaixonado, até ao dia em que se esquece de um dos desenhos na sala de aula. Quem o encontra é Takagi Akito, o melhor aluno da turma que tem o sonho de se tornar num escritor de manga, e "ameaça" Mashiro contar a Azuki sobre a sua atracção secreta, caso ele não desenhe as suas histórias.
Mashiro acaba por aceitar quando se declara a Azuki e descobre que o seu sonho tornar-se dobradora de animes. Os dois fazem então uma promessa em que Mashiro irá criar um manga de grande sucesso, para que se torne num anime e a sua heroína seja dobrada por Azuki. O senão é que antes desse momento, os dois não se poderão encontrar!
Começa então a aventura de Mashiro e Takagi no mundo da edição de mangas, onde conhecerão grandes amigos e rivais, até alcançarem os seus objectivos.
Apesar de ter a história de amor entre Mashiro e Azuki como pano de fundo, Bakuman é focado sobretudo no mundo da criação de mangas, desde a idealização de um argumento, a criação dos personagens, até ao processo editorial, com diversas curiosidades sobre o mercado de mangas no Japão, sempre fazendo inúmeras referências aos trabalhos e autores reais. Aliado ao traço habilidoso de Obata, e ao argumento muito bem construído de Ohba, a série não se limita apenas a desvendar os bastidores da criação de mangas, mas toda a complexidade por trás da edição e dos desafios para ganhar e manter a popularidade dos títulos.
Bakuman tornou-se num título muito importante para a revista, não só pelo talento óbvio da dupla de autores que sempre faz séries altamente diferentes dos trabalhos Shonen comuns, mas também pela forma como mostrava alguns aspectos do mundo por trás dos mangas, até agora desconhecidos do público.
Bakuman acabaria por se tornar na sétima série mais vendida de 2011, com 4.4 milhões de cópias vendidas e a décima de 2012, com 3.2 milhões, tornando-se numa das obras mais importantes da editora dos últimos anos.
Bakuman, tal como Death Note antes dele, foi a prova de que dentro de um género tão abrangente como o Shonen, é possível fazer obras completamente diferentes e que fazem sucesso, além de expandir os horizontes dos seus leitores. Para os apaixonados por esta incrível forma de arte que é o manga, Bakuman é obrigatório.
Mais uma grande história destes dois. Agora que acabou vamos ver o que eles vão fazer a seguir.