Hoje apresento-vos nada mais nada menos que a continuação das aventuras de "Le Papier", escrita após o enorme sucesso que foi o filme deste herói lendário (lol) e esta é a sua primeira parte que relata os acontecimentos que levaram Le Papier, AK-07 E Jon Park a conhecer Ian Val Hachi e Lucy Magnum e a sua luta contra os irmãos Kalashnikov.
Se quiserem ler o argumento da aventura anterior "Le Papier - The Movie" dirijam-se
AQUI. Have fun!
"Le Papier".
A lenda nasceu quando este jovem misterioso, juntamente com o Agente Especial Angus 'AK-07' King, reuniu provas para tornar possível o desmantelamento da Organização, uma rede internacional de tráfico, que actuava através da conceituada multinacional N.O.V.A. Corp., que escapou por pouco à falência depois deste episódio. O seu líder, Orlov Kalashnikov foi detido e condenado pela Interpol a cumprir pena numa prisão de máxima segurança no Pacífico.
Três anos passaram...
Ao fundo da rua, ouve-se o som de passos apressados surge e um vulto ganha forma. Le Papier, atrasado, dirigia-se para a estação de comboios, onde combinou com Angus 'AK-07' King e o seu parceiro da PJ, Jon Park, apanhar o comboio com destino a Lisboa, onde vão passar uns curtos dias de férias.
Chegados ao seu destino e com as malas já no hotel onde pernoitarão, decidiram dar uma volta pela cidade. Entretanto, Papier recebia um telefonema.
Era Trish, a sua ex-namorada, que lhe ligava de Londres onde estava a terminar o curso de jornalismo. Trish ligou a Papier por ter novidades desconcertantes sobre o caso referente à Organização.
Aparentemente Orlov Kalashnikov tinha dois filhos, Maria e Roger, também eles investigados pela Interpol, por alegadas ligações a terroristas internacionais. Mas o que a preocupava era o facto de terem sido captadas conversas entre os dois irmãos a falar sobre algo relacionado a Portugal. Trish não teve acesso à gravação mas, segundo informações reveladas por uma fonte da Scotland Yard, havia uma forte hipótese dos irmãos Kalashnikov estarem a preparar um atentado em Portugal para se vingarem de Papier e AK, pelo que se passara três anos antes, e o alvo seria o monumento localizado bem à frente de Papier: a Torre de Belém.
AK-07, extremamente tenso, teorizou que, caso as informações fossem fidedignas, o trio poderia já estar sob vigilância e todos sabiam o que estes loucos eram capazes para atingir os seus objectivos.
Os três amigos dirigiram-se de imediato para o hotel, para pensar na melhor forma de lidar com este problema, mas durante a viagem aperceberam-se de estar a ser seguidos.
O suspeito estava bastante mal camuflado, coberto por um sobretudo negro, óculos escuros e uma barba obviamente postiça, pelo que não era necessário ser um espião para perceber algo estranho com ele. O grupo considerou imediatamente tratar-se de um terrorista, provavelmente com ligações aos Kalashnikov e cujo alvo eram eles próprios.
Os jovens apressaram o passo para tentar escapar da zona movimentada em que se encontravam, para depois tentar capturar o terrorista. O plano era arriscado pois escapar por entre tanta gente revelou-se um desafio, principalmente porque tentavam não dar a entender que sabiam dos objectivos do perseguidor. Não podiam correr riscos, pois estes bandidos não tinham propriamente amor à vida e ninguém queria pedaços seus espalhados pela rua, mas não podiam simplesmente disparar sobre ele; o pior podia acontecer.
Enquanto tentavam escapar ao perseguidor, Papier, ao dobrar apressadamente a esquina, embateu com tal violência num jovem que passava, que a guitarra acústica que este carregava caiu no chão com um estrondo e estalou. Papier pediu desculpas apressadamente e os três jovens, sem tempo para mais, continuaram concentrados no seu caminho.
O guitarrista, não contente com o sucedido, saiu no seu encalço para pedir explicações. Correu em direcção a Papier e agarrou-o pelo colarinho, porém, o jovem libertou-se rapidamente, dizendo apenas que não tinha tempo a perder e terminou pedindo para ele os deixar em paz, antes que fosse tarde.
No entanto, esta troca de palavras deu tempo suficiente à figura que os seguia para os alcançar. Este, ao chegar perto dos jovens, praguejou algo numa língua desconhecida e preparou-se para activar um qualquer dispositivo ligado ao seu peito. O trio recuou num salto, pegando nas armas para disparar e eliminar o terrorista, quando repararam num objecto arremessado com enorme violência em direcção à cara do alucinado desconhecido. O impacto deixou-o inconsciente.
O guitarrista acabara de salvar as vidas ao quarteto, ao atirar o seu precioso instrumento musical ao desconhecido, e este percebeu agora o porquê da pressa. Papier agradeceu ao jovem e pediu devidamente desculpas pela sua brutidão de há pouco. AK prometeu pagar uma nova guitarra, no entanto o tempo era escasso e não tinham tempo para lhe explicar tudo o que se passava. Jon intervém na conversa - não sabiam há quanto tempo eram seguidos, por isso o melhor era não pensarem sequer em voltar ao hotel pois podia estar já comprometido. Estavam cercados por problemas.
Os três preparavam-se para acordar o atacante quando o guitarrista ofereceu o seu apartamento, com a condição de conhecer a história toda. Surpreendidos pela proposta, os jovens agradeceram e transportaram consigo o terrorista inconsciente, para o interrogar assim que chegassem. Atraindo frequentemente olhares, aquela curta viagem teve de ser feita ao melhor estilo “Fim-de-semana com o morto”, o que deixou os jovens no humor perfeito para um interrogatório de qualidade.
Ian Val Hachi era o nome do guitarrista que havia salvado a vida dos jovens. Este jovem com raízes inglesas era também oriundo de Coimbra, mas deslocou-se à capital armado com maquetas da banda que liderava para procurar uma editora que os representasse. Depois de conhecer a história da luta contra a Organização e os planos terroristas para a cidade, Val Hachi insistiu em ajudar os jovens, que não tiveram escolha a não ser aceitar, vendo com este novo talento do seu lado as suas hipóteses de sucesso subir exponencialmente.
Era tempo de planear como iriam parar os irmãos Kalashnikov e o primeiro passo a tomar seria forçosamente retirar todas as informações do terrorista que tinham na sua posse. Jon era exímio nessa arte e não demorou a quebrar Juan, o terrorista suicida. Descobriram a localização do Quartel-general dos irmãos, um edifício empresarial localizado na Baixa da cidade, cuja segurança era liderada por Lucy Magnum, uma mercenária que poderia causar-lhes muitos problemas. Juan revelou ainda que a destruição da Torre de Belém ia ser consolidada no dia seguinte, o que não lhes deixava margem de manobra... teriam que atacar nessa mesma noite e, para evitar surpresas, a missão iria ser completamente secreta.
O facto de terem que voltar à acção por razões tão terríveis era algo que poderia atemorizar qualquer pessoa, mas Papier e AK-07 não conseguissem esconder uma certa excitação por estarem presentes em mais uma operação de alto risco. A verdade é que os três anos que passaram foram fracos em termos de adrenalina, a escumalha de Coimbra não passava disso mesmo e nunca constituíram um desafio.
Tinham por fim uma nova aventura e desta vez com reforços de peso. Park, o jovem agente muito hábil e com um extenso conhecimento ao nível das artes marciais e Val Hachi, que havia provado merecer fazer parte deste grupo de elite, ao salvá-los de forma espetacular de Juan.
Agora, com o rumo da missão definido, a acção vai realmente começar!
Continua na 2.ª parte...
The Four Horsemen? Para a história ter um nome destes só pode ser boa quero ver essa 2a parte!