● "Le Papier Strikes Back: Rise Of The Shadow Ring" - 2.ª Parte

29 janeiro, 2010 6 Comentários
É o fim de um ciclo! Hoje fica concluída a épica aventura "Le Papier Strikes Back: Rise Of The Shadow Ring" que marca o final desta espectacular trilogia! Se não leram a primeira parte da história, podem fazê-lo AQUI.

Mas como pode dar-se o caso de não conhecerem as primeiras aventuras deste herói mítico, podem ler ainda as histórias "Le Papier - The Movie" e "Le Papier Returns: The Four Horsemen". Divirtam-se!

Passou uma semana desde os incidentes do teatro.
Le Papier ainda não recuperou completamente dos ferimentos que sofreu, mas já preparava o seu próximo passo e aproveitou estes dias para investigar profundamente.

Durante a última semana, a N.O.V.A. Corp. valorizara imenso em tão pouco tempo, como se um qualquer elemento externo estivesse a fortalecê-la e financiá-la, o que acabaria por permitir o retorno dos negócios obscuros da Organização. O plano de Orlov parecia estar a resultar.
Ninguém tinha conhecimento da sobrevivência de Papier, com excepção de Velvet e Diego que o auxiliaram durante a recuperação, e esse era um segredo que o jovem queria manter bem guardado pois podia ser determinante para a vitória.
Titan era um adversário poderoso, mas tê-lo-ia derrotado não fosse o seu ataque traiçoeiro. A sua ingenuidade quase lhe custou a vida, por isso no próximo confronto não seria surpreendido.

Na noite seguinte, decidido a colocar um ponto final neste terrível inimigo, Papier dirigiu-se a Lisboa no seu Ford Mustang ’65 Fastback, munido de todo o seu equipamento; provavelmente tinha um exército pela frente.
Levava também, na sua mala de guitarra, uma arma que não utilizava desde os seus treinos na adolescência, pois ainda não a dominava totalmente: a "Gunblade" Ultima. Uma híbrida entre espada e revólver, Ultima era destruidora nas duas funções, sendo complementada com uma segunda lâmina mais curta que se pode separar da principal, para usar como espada independente, ou recombinada para forma uma lança.


Tal como previsto, a entrada do Edifício NOVA estava fortemente vigiada.
Papier recuou e destruiu um poste de alta tensão que deixou toda aquela área às escuras. Ao abrigo da noite, aproximou-se furtivamente e abateu os seguranças um por um, sem provocar qualquer som. No Hall do prédio estavam mais seguranças que não vislumbraram o jovem e caíram inanimados à sua passagem. Papier pegou então num dos seus comunicadores e percebeu que reforços vinham a caminho.
Repensando o plano, Papier decidiu parar e atirar a mochila que carregava para o centro do Hall. Mal os soldados altamente equipados chegaram, a mochila abriu-se com um estalo e um gás começou a espalhar-se pelo Hall, deixando-os desorientados. Papier surgiu das sombras e uma chuva de balas teve início, com corpos a caírem a todo o momento. Papier dominou completamente os soldados, usando os vários pilares para se proteger enquanto recarregava as armas e nunca dando tréguas a nenhum dos oponentes.
Longos segundos depois, a dança de balas terminou, a electricidade voltou e o silêncio reinou, enquanto Papier avançava por entre os soldados caídos.
Papier chegou calmamente ao elevador e dirigiu-se desta forma para o andar mais elevado, onde ficava o escritório de Orlov.
A sua performance no Hall havia alertado o edifício, e os Guardas de Elite do Líder aguardavam-no prontos para o encher de balas, mal a porta do elevador se abrisse. Mas em vez disso, quando esta abriu, viram apenas uma mala abandonada. Dois dos Guardas aproximaram-se para ver do que se tratava, quando notaram um som que aumentava progressivamente. Afastaram-se rapidamente mas já era tarde. A mala abriu-se e revelou um potente dispositivo explosivo, e a explosão que seguiu engoliu-os.
Das chamas emergiu Papier, pronto para o confronto com Titan, o último obstáculo no caminho que tinha Orlov como destino.

Abriu calmamente a porta do escritório e encontrou Titan em frente à secretária de um Orlov Kalashnikov visivelmente nervoso.
O Estranho esboçou um leve sorriso e mostrou-se satisfeito por ver Papier em boa forma, pois assim tinha nova oportunidade de o esmagar, mas desta vez lenta e dolorosamente. Papier não se sente impressionado e, sem perder tempo, atira o casaco contra o adversário e investe contra ele. Mal Titan se desembaraçou da gabardina negra e já Papier estava a poucos centímetros de si, sem conseguir sequer vislumbrar o golpe por trás da dor de ser brutalmente atingido por um monumental soco no estômago.
Ainda a contorcer-se de dores e sem conseguir respirar devidamente, Titan praguejou contra Papier e recompôs-se com algumas dificuldades, mas a sua confiança foi quebrada. Para o Estranho, Papier assemelhava-se agora a um gigante e, por mais que tentasse, não encontrava aberturas para atacar. A expressão de Orlov, de tal modo perturbado que estava quase irreconhecível após esta sucessão de eventos, era esclarecedora.
Titan levantou-se e desafiou Papier a um segundo e decisivo assalto. Papier acedeu, desembainhando a Última. Não esqueceu o embate no teatro em que foi derrotado de forma traiçoeira, mas desta vez estava preparado para tudo.
Os dois duelavam ainda mais ferozmente que no seu primeiro encontro. As espadas colidiam agressivamente, mas já não havia dúvidas sobre que levaria de vencido o combate. A superioridade de Papier, bastante mais rápido e ágil que Titan, fazia uma diferença avassaladora.
Orlov aproveitou o confronto para abrir uma porta secreta e escapar dali o mais rapidamente possível e pedir auxílio a quem quer que restasse, abandonando Titan. Ao notar que o combate com o Estranho servia apenas para proporcionar ao seu grande inimigo uma janela de fuga, Papier sorri e decide terminar o duelo. Num último e preciso movimento ataca as costelas de Titan, que perde o equilíbrio ficando à sua mercê, e atira-o ao chão com violência extrema, deixando-o incapaz de se mover, mas com vida.
Papier queria dar-lhe uma nova oportunidade para que ele repensasse as suas escolhas e se decidisse por um caminho que não incluísse o mal. Virou as costas e encaminhava-se para a porta secreta para perseguir Orlov, quando ouviu um estalido.
Titan disparou sobre ele, novamente um ataque cobarde, mas Papier temia este desfecho e esquivou-se ao tiro. Não o eliminara da primeira vez, mas este novo acto de traição mostrou a Papier que não havia salvação para o Estranho e não mais lhe mostraria misericórdia. O seu disparo foi certeiro e Titan caiu.


Faltando apenas eliminar o Líder para pôr fim ao pesadelo, Papier perseguiu Orlov rapidamente através de uma escadaria em espiral que conduzia ao telhado do edifício, que possuía um heliporto e representava a última hipótese de fuga para o maquiavélico empresário.
Papier encontrou-o sozinho no telhado à espera do seu transporte, que ainda não chegara, petrificado. Quando este se virou e viu Papier tão próximo de si, depois de o ter visto desembaraçar-se de Titan sem dificuldades de maior, Orlov sentiu que não tinha saída. Voltou a disparar sobre o jovem, mas o seu terror era tal que a bala passou a metros do alvo, sem sequer assustar.
Papier pediu-lhe para se entregar, pois a Organização estava agora definitivamente exterminada e não havia por onde escapar. Mas Orlov soltou mais uma gargalhada sombria.
Pressentindo que o seu trajecto chegara ao fim, preparava-se para fazer uma revelação tão surpreendente como assustadora.

A Organização era apenas uma parte da “Aliança”, um antigo grupo de Conglomerados Empresariais extremamente poderosos e influentes, que têm vindo a actuar na sombra de vários governos ao redor do mundo, com o objectivo de controlar e dominar a economia dos países em que actuam. Actuavam em grupos independentes e ninguém sabia ao certo quem fazia parte das suas fileiras, esse anonimato era a sua essência.
Orlov era apenas uma célula deste sombrio grupo, que usava a posição privilegiada do país como porta de acesso à Europa. O empresário terminou dizendo que Papier nunca conseguirá travar um grupo tão antigo e imenso, pois os seus espiões foram recrutados entre os melhores do mundo e fazem parte de praticamente todas as estruturas governamentais para eliminar quem criar oposição.

Papier estava estupefacto com o que acabara de ouvir. Seria possível a existência de um poder tão imenso e secreto, ou estará Orlov apenas a tentar confundi-lo para conseguir escapar?
Decidido a tirar esta história a limpo, Papier prenderá Orlov e irá entregá-lo a AK-07, o único agente em quem pode confiar num momento delicado como este, para que a Interpol o interrogue e descubra a verdade. Nesse momento, Papier nota um silencioso helicóptero a sobrevoar o edifício. Não conseguia precisar há quanto tempo os observava. Chegaram por fim os reforços de Orlov?
Era tudo o que o empresário desejava, mas não podia estar mais errado. Usando uma poderosa e igualmente silenciosa metralhadora, rápidos disparos varreram o telhado ceifando a vida de Orlov. Papier conseguiu recuar a tempo de evitar os disparos, mas ao que parecia o alvo primário já fora abatido.
O helicóptero deu meia-volta para procurar Papier, mas o jovem antecipara-se a essa manobra. No momento em que a aeronave estava mais próximo do telhado, Papier saltou lá para dentro, eliminou os agentes sombrios e saltou novamente, antes que pudessem reagir ao intruso. O helicóptero acabou por se despenhar, no topo do edifício.
Orlov estava morto, mas a Aliança era uma ameaça bem real e tinha de ser enfrentada com urgência.


Le Papier conduziu para longe do Edifício NOVA, consciente que de mais uma batalha no horizonte.
A Organização fazia parte do passado, mas uma nova sombra abatia-se sobre ele. Iria reconstruir a sua agência e reunir os Four Horsemen para combater este novo adversário. 
A Aliança é um poder absurdo e secreto. Um exército voltado para o mal decidido a acabar com o mundo como o conhecemos. Este é um desafio extraordinário que Papier aceita de bom grado. Há que detê-los!

A Guerra vai começar...

● Johnny Cash - Special Edition

25 janeiro, 2010 3 Comentários

O vídeo que hoje mostro é uma grande homenagem a um dos maiores artistas que o rock já viu: Johnny Cash.
Mas esta homenagem é diferente e muito especial, pois foi feita por uma criança de 5 anos! A performance foi gravada no Spring Coffee Shop Jam, em Seattle. É uma bela versão do clássico "Folsom Prison Blues" tocada de forma irrepreensível!!!
Parece que afinal a juventude ainda não está perdida hehe!

Visualizem e observem o espectacular poder do rock!

● Smallville

22 janeiro, 2010 3 Comentários


Smallville é uma série certamente bem conhecida de todos que segue as aventuras de Clark Kent na sua adolescência antes de se tornar no maior super-herói de todos os tempos, o Super-Homem.


Começou a ser transmitida em 2001 nos EUA e tornou-se imediatamente num sucesso tão grande que se prolonga até hoje na forma de 9 temporadas (que muito provavelmente, se tornarão 10 quando, ao que tudo indica muito brevemente, a série for novamente renovada por mais um ano) o que lhe dá um estatuto quase histórico pela sua longevidade.

Smallville segue a vida do adolescente Clark Kent (Tom Welling), enquanto aprende a controlar os seus poderes, explora as suas origens kryptonianas e a sua relação com personagens tão carismáticas como Lana Lang (Kristin Kreuk), Lex Luthor (Michael Rosenbaum) e mais tarde Lois Lane (Erica Durance), ao mesmo tempo que luta para manter o seu segredo a salvo e derrotar os mais sinistros adversários como Brainiac, o General Zod, ou Doomsday. Clark vai também encontrar vários aliados do mundo DC Comics que formarão a tão carismática Liga da Justiça, entre outros.

A série é conhecida por ter criado novos elementos que foram inclusivamente importados para a banda desenhada, como é o caso do pai de Lex, Lionel Luthor (John Glover) ou mesmo da própria amizade que existia inicialmente entre Lex e Clark.


Por todas estas razões e muitas mais, Smallville não é apenas para quem gosta de banda desenhada, mas sobretudo para quem gosta de aventura. As diversas referências aos filmes e ao futuro de Clark dão um tom sempre divertido e agradável, enquanto descobrimos os mistérios por trás do maior super-herói de todos os tempos!

● Australian Open 2010 (☼)

18 janeiro, 2010 2 Comentários


Teve hoje início o Open da Austrália de Ténis, o primeiro Grand Slam do ano que vai ter lugar em Melbourne Park, Sidney.


O torneio, jogado em piso duro, acontece no meio do Verão australiano, pelo que é notório pelas temperaturas (e pela humidade) que podem atingir valos bastante elevados, chegando mesmo a comprometer os jogos. Para atenuar este factor os organizadores dividem os jogos entre a jornada matinal e a jornada noturna (que muitas vezes prolonga-se pela noite fora), fugindo deste modo ás temperaturas mais elevadas que se fazem sentir a meio da tarde. Nos casos mais extremos fecham também a cobertura do court principal.

Os vencedores do ano passado foram Rafael Nadal e Serena Williams. O espanhol venceu Federer na última final, mas o actual n.º 1 do mundo quer recuperar o troféu que já venceu durante 3 anos consecutivos. Do lado feminino a competição está ao rubro com Serena, actual líder do ranking, a querer defender o troféu, mas a maior novidade é o regresso de Justine Henin, antiga n.º 1 mundial, à competição.


Para esta edição esperam-se grandes jogos uma vez que os melhores tenistas vão estar presentes. Nesta altura, existem apenas algumas dúvidas na participação de alguns jogadores a recuperarem de lesões, como o caso do americano e ex-n.º1 Andy Roddick.





Depois de emoções muito fortes o torneio chegou ao fim com novos vencedores... ou não!


Serena Williams revalidou o título, que é já o 4.º da sua colecção de 12 títulos de Grand Slams, numa intensa final com a belga e recém-regressada à competição Justine Henin, que não teve argumentos para vencer a americana e acabou por perder por 6-4, 3-6, 6-2.

No lado masculino Roger Federer recuperou o título que havia perdido para Nadal no ano passado, que também se tornou no seu 4.º troféu da carreira para juntar à sua colecção recorde de 16 Grand Slams, num jogo venceu por 3-0 com os parciais de 6-3, 6-4, 7-6 (11).

● "Le Papier Strikes Back: Rise Of The Shadow Ring" - 1.ª Parte

15 janeiro, 2010 5 Comentários
"Le Papier" volta a atacar! Nesta aventura épica que encerra esta trilogia repleta de acção podem acompanhar este mito urbano na derradeira missão contra a obscura Organização (será mesmo o fim?!)!

Se quiserem saber mais, podem ler as histórias anteriores "Le Papier - The Movie" e "Le Papier Returns: The Four Horsemen". Divirtam-se!

"Le Papier".
Este é o nome do jovem que liderou o combate à terrível Organização. Esta rede de tráfico internacional havia sido combatida em tempos por Papier e Angus "AK-07" King, da PJ, que conseguiram reunir provas para capturar Orlov Kalashnikov, o seu líder, e assim desmantelá-la.
Quando os seus filhos Maria e Roger Kalashnikov, tentaram forçar a libertação do pai através de actos terroristas, foi necessário um novo confronto para impedir que os dois maníacos atacassem a Torre de Belém como forma de chantagem. Le Papier e os seus “Four Horsemen” AK-07, Jon Park, Ian Val Hachi e Lucy Magnum conseguiram impedi-los e o pesadelo parecia ter acabado...

Passaram dois anos desde essa fatídica noite em que o ataque dos Horsemen ocorreu. AK-07 e Jon foram convidados a trabalhar na Interpol e Val Hachi e Magnum partiram juntos para norte, enquanto Papier continuava o trabalho em Coimbra.
Agora, uma notícia abalou o mundo. A super-prisão de máxima segurança onde Orlov Kalashnikov se encontrava detido, ao lado de alguns dos mais terríveis criminosos de todo o mundo, foi completamente devastada durante um ataque misterioso e não houve registo de sobreviventes.
Este terrível incidente marcaria o início de mais uma batalha para Le Papier.


Era uma fria tarde em Coimbra.
Um vulto sombrio dobrava a esquina e entrava num pequeno prédio com vários anos que parecia teimar em não cair. O indivíduo entra num pequeno escritório bastante desarrumado, no qual se destacava uma secretária "vintage" no centro da sala, alguns instrumentos musicais bastante bem conservados do lado direito, um velho sofá do lado esquerdo e vários quadros de filmes e bandas rock clássicas pregados na parede. De uma pequena divisão do lado oposto à entrada surgiu por fim um jovem algo atarefado.
Ao ver o Estranho à porta, o jovem atrapalhadamente explicou que a agência não estava a funcionar, por isso não aceitava casos para investigação. O Estranho argumentou que o seu patrão mandou convidá-lo para uma conferência sobre Anarcocapitalismo. Deixou o seu cartão em cima da secretária e saiu do escritório deixando o rapaz confuso com o que se passara.

Ainda a tentar perceber o que se passou, o jovem ouve passos a aproximar-se da agência e intui imediatamente que algo se passa. O Estranho visitante não estava sozinho e aparentemente procurava problemas. Levantou-se rapidamente, vestiu o longo casaco negro e colocou os seus óculos escuros, completando os preparativos para os minutos seguintes.
Pontapeou a porta da entrada e distribuiu pancada nos vários indivíduos que haviam cercado o edifício e se sobressaltaram com o rápido ataque de Le Papier, sendo rapidamente derrotados! No final desta rápida investida do jovem e já com os vários meliantes a contorcer-se de dor, surgiu um luxuoso carro a alta velocidade, cujo tecto se abriu para revelar o Estranho a envergar um lança-rockets imediatamente disparado em direcção a Papier. Este consegue evitar o disparo no último segundo, mas a sua agência é atingida e dá-se um violento estrondo.
O velho edifício estava agora em chamas.
Papier levantou-se cego de raiva mas o carro desaparecera, recordou-se por fim do cartão que o Estranho lhe deixara e entra no edifício para tentar recuperá-lo. De um lado estava um endereço, no lado oposto estava apenas uma palavra escrita à mão: Organização.
Não havia muito que se pudesse salvar do escritório destruído e não tinha a certeza que o seguro cobrisse disparos de rockets, por isso decidiu passar num bar antes de pôr as mãos ao trabalho.


O pequeno estabelecimento, “Avalanche 21”, era altamente baseado nos clássicos “Salloons” do Velho Oeste, excepto obviamente pelo moderno equipamento de som que se encontrava num pequeno palco e que parecia ter sido destruído durante um qualquer concerto Rock na noite anterior.
O dono era um velho amigo de Papier, Diego Brando, um surfista que usou o dinheiro ganho em competições e apostas para restaurar este bar que herdara e desta forma tentar estabelecer-se na cidade. Diego não escondeu a surpresa ao ver Papier cheio de fuligem e cinzas mas, por outro lado, já o vira em situações mais estranhas... Ainda não tinha terminado de servir a bebida, quando uma jovem entrou de rompante, visivelmente abalada e Diego quase partiu o copo que limpava, visivelmente embaraçado.
Velvet Valentine era a manager da agência, e grande amiga de Papier. O jovem ajudou esta advogada, perseguida devido ao facto de se ter oposto à corrupção que alastrava na Câmara Municipal. Depois deste incidente, Velvet decidiu ajudar Papier a montar a sua agência, para ajudar as vítimas do aumento de criminalidade no país, a quem o sistema falhava.

Papier explicou aos amigos o que se passou e o que provocou o estado em que se encontrava e também que vai aceitar o “convite” que recebeu, mesmo sabendo que iria avançar para uma armadilha, era a sua forma de lidar com o problema. Diego não conseguia deixar de estar entusiasmado pelo regresso de Le Papier ao ataque, recebendo como resposta um olhar de repreensão de Velvet, que pediu ao jovem para não o fazer, mas Papier estava decidido.
Sabendo que esta era uma questão de vingança contra ele, Papier só tinha um suspeito: alguém ligado à praga em que se tornaram os Kalashnikov!


O endereço que vinha no bilhete correspondia a um teatro abandonado, nos arredores da cidade.
Nessa mesma noite nebulosa, Papier dirigiu-se a essa localização, disposto a fazer os seus inimigos pagar pelo estado em que deixaram a sua agência e o seu casaco. Ao aproximar-se do teatro, observou cinco corpulentos seguranças a rondar o edifício. Papier moveu-se na sombra e surgiu do nada na frente deles, desembaraçando-se dos indivíduos sem que estes se apercebessem do que lhes acontecera, entrando silenciosamente no teatro.

No interior do edifício degradado, Papier avançou até chegar ao palco principal, que se encontrava parcamente decorado e iluminado, lembrando um navio assombrado. Tornaram-se então visíveis dois vultos recortados na neblina que cobria todo o salão. Papier reconheceu imediatamente um deles.
Era o Estranho que o visitou naquela manhã e destruíra o seu escritório. O indivíduo alto e magro, totalmente vestido de negro, irradiava agora uma aura sombria de intimidação. Titan era o seu nome. Estava acompanhado por um homem de meia-idade, muito bem vestido, com um sorriso na cara. Este penteava o bigode e parecia aguardar ansiosamente por qualquer coisa.
Apresentou-se como Orlov Kalashnikov e declarou ter esperado cinco longos anos para finalmente ter a honra de conhecer Le Papier. Afirmou que iria desfrutar da sua vingança ao destruir totalmente a sua vida, tal como este tentou destruir a sua, e reergueria a Organização para prosseguir com o seu plano original.

Depois do fracasso dos seus filhos para forçar a sua libertação, Orlov decidiu não confiar em mais ninguém a não ser ele próprio.
A administração da N.O.V.A. Corp., a empresa que fora usava como fachada para os negócios obscuros da sua Organização, tinha um líder novo e íntegro, o que dificultou imenso os planos de Orlov mas, detentor de uma grande parte das acções da empresa através de fundos pouco transparentes, a sua influência continuava enorme. Com uma parte considerável dos sócios nas suas mãos, Orlov aguardou que a empresa se restabelecesse depois da crise e conseguiu assim os meios para concluir a sua fuga da super-prisão, antes de esta ser atacada pelos seus soldados pessoais.
Agora, livre mais uma vez, mal podia esperar para retomar os seus negócios obscuros, mas em primeiro lugar, Papier deverá sofrer.

Papier sorriu, não deixaria Orlov concretizar os seus planos, pois já destruiu a Organização uma vez e podia fazê-lo de novo. Orlov afagou a barba farfalhuda e respondeu com o melhor que o dinheiro podia comprar - Titan. Dito isto retirou-se para as bancadas do teatro para assistir ao espetáculo, deixando Papier e o Estranho frente a frente.
Titan, muito calmamente, diz querer testar se as lendas faziam jus a Papier, pois já há muito procurava um adversário ao seu nível, pegando em seguida numa espada e atirando-a ao jovem. Surpreendido, Papier aceita o desafio.

O Estranho desembainhou rapidamente a sua espada e atacou Papier no mesmo instante, que apenas teve tempo de se esquivar como pôde, sentindo o casaco rasgar. Papier confirmou o que soube no momento em que entrou no salão; Titan não era como os soldados comuns, estava muitos furos acima destes, o que tornava o duelo extremamente interessante.
Depois da falsa partida, o duelo parecia ser favorável a Papier, espadachim fenomenal, que impôs a sua técnica precisa e pesada; mas o facto de não conseguir ganhar vantagem forçou Titan a alterar a forma de combater, e o combate ganhou intensidade.
O Estranho pegou noutra espada e atacou incessantemente, enquanto Papier se via limitado a defender como podia as investidas do adversário. No ritmo frenético a que atacava, era uma questão de tempo até Titan perder o fôlego e essa janela de oportunidade tinha de ser aproveitada, por isso Papier adaptou-se e aguentou pacientemente todos os seus ataques. Eventualmente, Titan percebeu a estratégia e enfureceu-se. Papier, nitidamente cansado, mantinha uma defesa sólida e recusava-se a desistir, mostrando que não seria derrotado tão facilmente.
Decidido a não dar hipóteses, Titan fez sinal a Orlov que de imediato disparou sobre Papier, que ainda se conseguiu antecipar mas acabou atingido no ombro e tropeçou. O Estranho cortou então um dos suportes do cenário, que se abateu sobre o jovem, deixando-o caído e preso debaixo do pesado tronco.
Titan mostrou-se enfurecido por ter sido forçado a recorrer a tal artimanha, mas o importante era vencer. O empresário reapareceu e declarou ser altura de finalmente saborear a sua vingança.
Titan acendeu um cigarro e os dois indivíduos despediram-se de Papier. Ao retirarem-se da sala, Orlov queixou-se que o fumo o incomodava, pelo que Titan fez o favor de atirar o cigarro para bem perto de Papier, revelando que toda aquela área tinha sido armadilhada e preparada para destruir todas as provas dos acontecimentos que ali ocorreram.
Ouviu-se uma gargalhada sombria.

Papier permanecia preso, as chamas ameaçavam destruir toda aquela área e este parecia mesmo ser o fim da linha para o jovem. Concentrando a energia que lhe restava, Papier usou a espada como alavanca para o ajudar a levantar o suporte que o imobilizava e conseguiu soltar-se por fim.
Com o fogo a deflagrar sem obstáculos e as saídas bloqueadas pelas chamas, tinha de encontrar uma saída alternativa e escapar rapidamente antes que o fogo alastrasse demais.
Desgastado devido às feridas, ao calor e aos fumos que lhe turvavam a vista, Papier conseguiu trepar a uma janela e escapar. Minutos mais tarde, o antigo teatro ruía por completo.


Le Papier saiu derrotado desta batalha e a Organização parece mais forte que nunca.
O jovem arrastou-se para o seu velho apartamento, onde terá agora que renascer das cinzas para contra-atacar...

Continua na 2.ª parte...

● Tragédia no Haiti

14 janeiro, 2010 1 Comentários


O Haiti, pequeno país da América Central, foi na passada terça-feira varrido por uma sucessão de sismos violentíssimos e apesar de ainda não haver números oficiais, as informações que vão chegando já podem dar uma ideia do quão nociva esta tragédia se está a revelar.

O principal sismo, com magnitude de cerca de 7.0 na escala de Richter atingiu o país a 22 quilómetros da sua capital, que ficou completamente devastada, mas como se não fosse suficiente, as réplicas que seguiram tinham uma magnitude média de quase 6 graus na mesma escala. Centenas de milhares de pessoas podem ter perdido a vida neste desastre, muitos estão desaparecidos, já para não falar no enorme número de desalojados que deve ultrapassar os 3,5 milhões de um país com cerca de 10 milhões de habitantes, em que 80% destes vivem abaixo do limiar da pobreza.

A ajuda já começa a chegar a este que é um dos países mais pobres do mundo. Vários países de enviaram ajuda humanitária de apoio às vítimas bem como os essencias bens de primeira necessidade, mas as acessibilidades do Haiti estão bastante danificadas e este vai ser um desafio adicional para os países envolvidos e para a ONU, que já perdeu dezenas de funcinários que estavam no país numa operação de paz. Também Portugal convocou hoje um Conselho de Ministros para decidir de que forma o país vai ajudar.

Várias figuras públicas americanas fizeram donativos que ultrapassam já vários milhões de dólares e espera-se uma verdadeira onda de solidariedade por todo o mundo para ajudar a minimar o sofrimento de todos quanto sobreviveram à tragédia e reerguer o país das ruínas.

● The HM Chronicles VI: O Poder do Rock

11 janeiro, 2010 5 Comentários
The HM Chronicles estão de volta, hoje para dar a conhecer ao mundo o maior poder que nele existe, bastante fácil de encontrar e o único que subsistirá em tempos de crise: o Poder do ROCK!!!

É verdade, quando o mundo está sob a mira de um poder altamente poderoso e maligno, quando as armas dos comuns mortais nada podem contra tal ameaça, só há algo capaz de pará-lo. É verdade que o Poder do Amor e o Poder da Amizade podem dar uma ajuda, mas o trunfo mais importante do Herói é o Poder do Rock!

Por qualquer razão ainda por explicar, a arma mais eficaz, quando se trata de derrotar as forças do Mal é a música.
Quando o Herói de uma determinada história se encontra numa determinada batalha contra o seu arqui-inimigo, esta tende a tornar-se altamente climática, com o Herói destinado a ficar numa situação complexa em que não seria possível obter a vitória em condições normais, e é nessa altura que ocorre um momento crucial: surge um som de background que se acentua consideravelmente (podendo ser combinada com slow-motion, para dar ainda maior espetacularidade à cena) até se tornar no interruptor que activa todo o poder oculto do Herói, que desta forma e com este novo poder elimina o Vilão e salva o Universo de um fim que parecia traçado.
Eu poderia chamar a isto o Poder da Música, mas tendo em conta que em 99,999% dos casos o Rock And Roll é o género utilizado para o efeito acho que esta nomenclatura é mais correcta! O Rock tem um som mais alto e teatral, o que o torna muito mais poderoso. É de notar ainda que normalmente esta banda-sonora é associada ao Vilão enquanto provoca a sua quotidiana destruição. Apenas o Herói que seja Badass por Natureza (ou o sempre popular Anti-herói) controla o Poder do Rock no seu dia-a-dia. O Herói bonzinho possui normalmente um som mais Pop na sua banda sonora e apenas em situações de stress extremo isto é alterado.

As habilidades e a força de uma personagem são directamente proporcionais a quão espetacular a sua banda sonora é (naturalmente quando mais alto e repentino for a guitarrada, mais épica é a porrada que se está a preparar...), tal como quanto mais poderoso for o Vilão, mais pesada terá de ser a música no momento da sua derrota (porque nem o mais maléfico dos Inimigos consegue aguentar uma potente Rockalhada).
Claro que se o Herói for um verdadeiro Badass tem direito a um mítico e operático coro gregoriano altamente gótico, e se for ainda mais Badass terá o Poder Último: o Riff de Heavy Metal que proporcionará um acentuado aumento de poder!
Se este for o caso, então não apenas o Herói, mas todos os Bonzinhos terão a capacidade de lutar contra o Mal de uma forma completamente impensável e a vitória fica automaticamente assegurada (mesmo que seja de forma extremamente ridícula e irreal, todas essas palermices serão perdoadas desde que o resultado final seja Lendário)!
Convém relembrar que este não é um poder que esteja acessível a todos. Existem de facto poucos exemplos de casos em que o Poder do Rock se tenha manifestado fora de filmes ou videojogos (não se compreende).

Hoje em dia os jovens ouvem cada vez menos Rock e o seu Poder está a tornar-se raro, por isso não se esqueçam que enquanto o ouvirem e se mantiverem fiéis a ele, o seu Poder estará convosco!

Podem ler as restantes crónicas desta rubrica AQUI.

● Supergrupos: Chickenfoot e Them Crooked Vultures

08 janeiro, 2010 7 Comentários

"Supergrupo" é a designação dada a uma banda formada por integrantes que já conquistaram respeito e fama no cenário musical. Esta é a definição oficial. Eu tenho a opinião de que um Supergrupo é uma banda como estas: Chickenfoot e Them Crooked Vultures! Estas duas bandas lançaram os seus "primeiros" álbuns há poucos meses e são autênticas aulas de música para quem gosta de uma boa rockalhada e acima de tudo de muito boa música!


Chickenfoot


Os Chickenfoot são formados pelos ex-Van Halen Sammy Hagar (voz) e Michael Anthony (baixo), pelo fantástico Joe Satriani (guitarra) e por Chad Smith dos Red Hot Chili Peppers (bateria). Lançaram o seu álbum homónimo em Junho de 2009 com enorme sucesso! Neste momento estão em "férias" devido à ausencia de Chad para trabalhar no próximo álbum de Red Hot, mas espera-se que voltem brevemente à estrada. Dos exitos do disco faz parte este "Soap On A Rope", o segundo single lançado.




Them Crooked Vultures


Them Crooked Vultures é mais um projecto descomunal de Dave Grohl. O ex-baterista dos Nirvana e actualmente vocalista e guitarrista dos Foo Fighters regressou às baquetas e juntou-se a John Paul Jones, baixista dos Led Zeppelin e a Josh Homme, vocalista e guitarrista dos Queens Of The Stone Age, para formarem esta banda alernativa e um pouco psicadélica, cujo resultado só podia ser música colossal! Lançaram o primeiro álbum em Novembro passado e um dos hits é este "New Fang", o primeiro single que podem ver a seguir tocado ao vivo.

● Época de Exames - 1.º Semestre

04 janeiro, 2010 5 Comentários


Está oficialmente iniciada a época de exames do primeiro semestre deste ano lectivo para todos os estudantes universitários do nosso querido país.


Vai começar o tão temido rebuliço para os universitários colocarem à prova todos os muitos conhecimentos que adquiriram no meio de tanta festa que pautou este (e tantos outros) semestre.

O movimento nas reprografias da faculdade (ou nas papelarias vizinhas) está completamente ao rubro e vai continuar assim no próximo mês e até meados do próximo. São tiradas milhares de fotocópias (a maioria das quais nem se sabe para quê, mas pelo sim, pelo não é melhor ter que faltar), copiam-se centenas de livros altamente caros, para ter todo o material possível para um estudo eficiente (tanto que depois nem se sabe o que fazer com tanta informação, que é impossível de meter nas cábulas)!

Nos próximos tempos, os estudantes mais empenhados vão passar o tempo fechados, com a lâmpada ligada, aquecedor aos pés, cobertor pelas costas, portátil e net a sacar ebooks e artilhados de livros e mantimentos (e muito, muito café, combustível essencial para as horas de maior fraqueza) neste autentico abrigo nuclear montado no quarto. Até para comer quase que é preciso realizar uma missão humanitária para os conseguir arrancar da secretária.



Não é necessário entrar em pânico, mas vai ser necessária muita força para suportar estes próximos tempos sem perder a integridade nem a sanidade mental, por isso desejo muito sorte a todos os bravos soldados que vão iniciar mais esta terrível jornada e esperar que todos sobrevivam e que seu esforço seja recompensado!

● 2010

01 janeiro, 2010 3 Comentários


Feliz Ano Novo para todos, quer comemorem o Ano Novo tradicional ou o chinês, e em especial para os meus espectaculares leitores que, por uma razão ou por outra, continuam a passar por aqui e ler estes devaneios!

Depois de uma noite que certamente continuará a ser para destruir tudo aquilo que encontraram no vosso caminho, hoje todos precisamos de um pequeno descanso e por isso mesmo apenas vim até aqui para desejar um Happy Fucking New Year a todos!

Divirtam-se no novo ano!
 
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